Reflexão "Quem nós somos?"

16-04-2013 22:15

No que concerne ao Desporto, o Professor António Fonseca (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto) abordou, no Seminário dedicado às questões da psicologia e da sua relação com o sucesso e do "interface" do conhecimento do "EU" para o "OUTRO" e vice - versa, um conjunto de "pensamentos soltos" de extrema relevância para a compreensão da tão complexa mente humana no que concerne ao respetivo fenómeno desportivo.

A questão da liderança no contexto desportivo com a respetiva inerência para o contexto motivacional e dos fatores ambientais e genéticos para a predisposição e respetivas crenças no que concerne a talentos.

Quem poderá dizer que vai ser jogador? Quem poderá garantir tal facto?

Há um conjunto de situações que em interligação ou interação, ou seja, com base numa conjuntura de ocasiões ditarão a perfeição e a excelência, a aposta na prática deliberada e a especialização precoce, o fator da hereditariedade, como motivar e “jogar” com o sucesso e com o insucesso, que objetivos para a realização, como aplicar o Coaching, no processo para obtenção da excelência. Mas será que a especialização precoce por si só poderá determinar o êxito, é eficaz dizer isso?

Será que filho de “peixe” sabe nadar? Não haverá mais nada a acrescentar?

A regulação dos comportamentos, a regulação interna e a externa, há uma perspetiva regulável (interna) mas e a não regulável, como definir e treinar? A liderança? Será importante saber liderar um processo? O êxito e a excelência poderão advir do tipo e da eficácia da liderança?

O professor António Fonseca elabora o seu pensamento tendo por base estes dois exemplos, os quais, são bem claros na definição "funcional" dos tipos de liderança. O exemplo da aranha em que o corpo (o comando) está na região central, qualquer tumulto que leve à destruição do corpo, ou seja, a região central, a organização ou a equipa fica automaticamente destruída pois dependia a todo momento da decisão central. No caso da estrela-do-mar, o corpo é “projetado” para várias extremidades, dando um exemplo de comando multifuncional.

Caso acontecesse algo à parte central, as decisões passariam para outros segmentos que por sua vez renasciam. Por um lado é mais eficiente um comando central (aranha) mas contudo, caso aconteça algo a esse comando, ditará o fim da equipa. O que não acontecerá com um comando descentralizado e multifuncional embora haja os “contras”, isto é, muitas pessoas a decidirem, o que nem sempre é aconselhável.

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